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segunda-feira, 18 de abril de 2011

* 31- Relógio Do Coração


                Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
                Há semana que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
                Há paixões que foram eternas enquanto durou, como há amigos que passaram célere, apesar de o calendário mostrar que ficaram por anos em nossa agendas.
                Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos e abraços não dados na intimidade que até hoje esperam o desfecho.
                Há trabalho que tomaram décadas do nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como poucos anos.
                Há casamento que ao olharmos para trás, mal preenchem os feriados da folhinha, por se tornarem tão rotineiros.
                Há tristezas que nos paralisaram por meses mas que hoje passado os dias difíceis, mal guardamos a lembrança de horas.
                Há eventos que marcaram, e que duram para sempre:
                      O nascimento do filho
                      A morte da mãe
                      A viagem inesquecivel.
                      O êxtase do encontro proibido
                      A felicidade de ter o sonho realizado
               Estes tem a duração que nos ensina o significado da palavra eternidade.
               Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das viagens o tempo do percurso foi quase o mesmo.
               Mas conforme meu espírito; houve viagem que não teve fim até hoje, como há também o percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.
               O relógio do coração hoje descubro, bate com frequência diversa daquele que carrego no pulso. Marca um tempo diferente, o das emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da existência da gente.
               Por este relógio material, velhice é coisa de quem não consegue esticar o tempo que temos no mundo, é olhar rugas... e não perceber a maturidade e a experiência adquiridas.
               É pensar naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.
               A vida e um dever que trouxemos para fazer em casa.
               Quando se vê, já são seis horas!
               Quando se vê, já é sexta-feira!
               Quando se vê, já é natal...
               Quando se vê, já terminou o ano...
               Quando se vê, já perdemos o amor da nossa vida...
               Quando se vê, já se passaram 50 anos!
               Se me fosse dada a outra oportunidade, eu nem olharia o relógio... jogaria pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
               Seguraria o amor que está a minha frente e diria, que eu o amo, mesmo sabendo não ser correspondida.
              Não deixaria de fazer as coisas que gosto por puro medo de ser feliz.
              A única falta que sentiremos será do tempo, que infelizmente, jamais voltará! (que coisa mais contraditoria)
              O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez.

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