Esqueci de dizer o quanto eu te amava.
Mas um dia nossos entes queridos se vão.
Quando menos esperamos e sem nenhum aviso, Deus tira de nós o que mais amamos.
Em meu peito apenas a dor de um punhal que a cada "meus pêsames" parece pesar.
Nossos pensamentos divulgam para cada gota de sangue em nosso corpo a culpa de nunca ter dito: "te amo"; "preciso de você", "estou sempre aqui", "me preocupo", e como se não bastasse vem à frase mais forte "a culpa foi minha, não tive tempo, nem coragem para lhe dizer".
E a resposta para essa dor? O tempo é uma certeza:
Quando amamos transmitimos em pequenos atos e gestos, e as palavras não importam mais; quando precisamos de alguém, sentimos sua presença, e as palavras não têm mais sentido; quando nos sentimos sós e abandonados, surge uma palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos sós.
E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém.
Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em eternos companheiros.
Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha acompanhantes, nossa vida conquista anjos. E no fim apenas a saudade é uma certeza:
Não importa onde estejam, estarão sempre conosco.
Meu querido, você para mim foi um pai, onde pude procurar apoio, foi você quem estava comigo nas maiores das minhas perdas.
E agora? Quem irá me consolar da sua perda. Quem irá enxugar as lágrimas que caem abundantes.
Nesse exato momento ainda não tenho seu corpo, que tão debilitado estava. Quero estar junto dele para lhe dar meu adeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário