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terça-feira, 20 de julho de 2010

* VOCE DIZ EU TE AMO?

       Dois irmãos brincando de bolinhas de gude.
       Quando Júlio o mais novo dos irmãos disse a Ricardo:
       - Ricardo, eu te amo tanto meu irmão e não quero nunca me separar de você. Nunca!
       Ricardo meio que surpreso respondeu, perguntando:
       - Que deu em você moleque? Que conversa besta é essa de amor ta me estranhando é? Cala sua boca e continue a jogar é sua vez.
       Os irmãos continuaram jogando até a noitinha, quando a mãe chamou para o banho.
       Sr. Jacó já de volta do trabalho se sentia exausto, estava se sentindo derrotado, não conseguira fechar um negocio importante.
       Ao ver o pai Júlio correu em sua direção falando:
       - Pai, paizinho, como eu te amo, eu não quero nunca me separar do senhor!
       Jacó sem dar muita importância as palavras do filho respondeu:
       - Filho, agora não. Estou exausto e nervoso. Por favor vai brincar, não é hora pra essas besteiras. Me deixa sozinho...
       As palavras do pai magoaram Júlio, que foi para o quarto chorar.
       Dª Joana, sua mãe sentiu a falta do filho foi procura-lo, ela o encontrou no cantinho do quarto encolhidinho com os olhinhos umidos.
       Dª Joana meio que espantada, com a atitude do filho tão alegre e espontâneo perguntou:
       - O que foi Júlio? Você está chorando filho?
       Júlio olhou pra os olhos da mãe e respondeu.
       - Mãe, te amo muito, não quero deixar nunca de estar ao seu lado!
       Joana sorriu e disse:
       - Eu te amo muito também meu filho, e sempre estaremos juntos, nada e ninguém há de nos separar.
       Júlio se sentiu mais alegre deu um beijo na mãe e foi deitar-se.
       Quando os pais de Júlio estavam se preparando para deitarem-se Dª Joana comentou com Jacó:
       - Você não achou Júlio estranho, hoje? Ele é sempre tão alegre, foi se deitar cedo, sempre tenho que brigar com ele pra que vá se deitar...
       - Bobagem de criança, ele está é querendo chamar a atenção ou então aprontou alguma e está com medo. Amanhã ele melhora.
        As duas horas da madrugada Júlio se levanta e vai ao quarto do irmão, e fica observando Ricardo dormindo. Não demorou muito Ricardo acordou e gritou com Júlio:
       - Nossa que susto, seu doido! Parece assombração, sai me deixa dormir.
       Júlio em silencio obedece e sai. Vai agora ao quarto dos pais,
       Observa os dois dormindo. O Sr Jacó acordou com a claridade do abajur que Júlio tinha acendido e perguntou:
      - Que aconteceu, o que houve Júlio ta passando mal, tá sentindo alguma coisa?
      Júlio só balançou a cabeça negativamente.
      Com a resposta de que nada havia ocorrido, Sr Jacó se irritou:
      - Mas que inferno Júlio, vai dormir, seu doente....
      Júlio suspirou fundo desligou a luz  do abajur saindo em seguida dirigindo se ao seu quarto e deitou-se.
      Na manhã seguinte todos se levantaram cedo. Dª Joana pediu a Ricardo para chamar Júlio, pois já estavam se atrasando para o colégio.
       - Sempre eu, - resmungou Ricardo - todos os dias eu tenho de chamar esse moleque...
       - Pode deixar, hoje eu vou - intercedeu o pai já irritado com Júlio. - Todos os dias é a mesma história, Júlio nunca levanta na hora certa...
        Entrou bufando no quarto do garoto ao mesmo tempo que gritou:
       - Levanta seu moleque vagabundo, todos os dias é a mesma coisa.
       Júlio nem se mexeu, Jacó avança sobre o menino já com o braço direito levantado, pronto a dar-lhe uns tapas, quando percebe que Júlio mantinha os olhos fechados e estava com uma palidez cadavérica.
       Assustado Jacó toca o rosto de Júlio e sentiu que seu filho estava por demais frio. Já suspeitando da desgraça ele grita pela esposa que não tarda em chegar.
       Joana desesperada abraçou o corpinho já sem vida de Júlio
       Ricardo desolado, segurou firme a mão do irmão, e só tinha forças pra chorar também.
       Jacó, em meio ao desespero, percebeu que havia um papelzinho dobrado na pequena mãozinha de Júlio. Ele pegou o papelzinho e desdobrou; conhecendo de pronto a letra de Júlio; leu em voz alta e entre cortada:
      "- Outra noite Deus veio falar comigo através de um sonho e me disse que apesar de amar minha família e dela me amar, teríamos que nos separar por algum tempo. Eu não queria, mas Deus me explicou que era necessário. Não sei o que vai acontecer, mas estou com tanto medo...
       "Gostaria, porém, que ficasse bem claro uma coisa:
       " Ricardo, não se envergonhe de amar seu irmão. Isso não o fará menos homem.
       " Mamãe, a senhora é a melhor mãe do mundo.
       " Papai, o senhor de tanto trabalhar se esqueceu de viver.
       " EU AMO TODOS VOCÊS!!!"


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